Por Ricardo Alvarenga-SIGNIS ALC Joven Brasil

 

Brasil es un país de grandes dimensiones. Tiene cerca de 207 millones de habitantes, distribuidos en 26 estados, más el distrito federal. Un cuarto de esta población está formada por jóvenes de entre 15 y 29 años. Aproximadamente 51.3 millones de jóvenes, cerca de 84.8% del total, vive en ciudades; sólo una pequena porción, el 15.2%, habita en el campo. Los datos pertenecen al censo del 2010 del Instituto Brasileño de Geografía y de Estadísticas (IBGE).

 

A los jóvenes brasileños les caracteriza una vasta diversidad cultural y político- económica, así como grandes desigualdades sociales. A la mayoría de los 51.3 millones de jóvenes de Brasil les afecta la exclusión social. Esto se observa en el censo de 2010, que revela que solamente 16.2% tiene educación superior.

 

Aspectos diversos preocupan a los jóvenes. La incertidumbre en el futuro, usualmente inherente a esta fase de la vida, acrecienta aún más el complejo escenario de los brasileños jóvenes. Algunos de los problemas que les generan mayor preocupación son la violencia y la inseguridad.

 

A diario, en los noticieros nacionales y locales, al menos es difundido un reportaje sobre jóvenes asesinados, abusados, torturados o envueltos en situaciones ilícitas. El tratamiento otorgado a los jóvenes en los medios suele ser también muchas veces inapropiado, colocándolo como problema social.

 

Como muestra, una investigación del 2013 de la Secretaría Nacional de Juventudes (SNJ), entidad adscrita a la Secretaría General de la Presidencia de la República, dio a conocer que 51% de jóvenes había perdido a alguien como consecuencia de la violencia. En general, las víctimas eran amigos (18%) y parientes (12%).

 

A esto es necesario agregar el genocidio de juventudes negras en Brasil. Cada 23 minutos, un joven negro es asesinado en el país. Estos datos provienen de  investigaciones y análisis del Comité Legislativo de Investigaciones (CPI), entidad adscrita al Senado Federal. Son cerca de 23 100 los jóvenes negros de entre 15 y 29 años asesinados en Brasil. Los datos son preocupantes.

 

Otro aspecto que es necesario mencionar es la gran afinidad de la juventud hacia las tecnologías de la información y comunicación. Varios estudios hacen referencia a la enorme capacidad de las nuevas generaciones para manejar y utilizar las nuevas tecnologías. De acuerdo a datos de la Secretaría Nacional de la Juventud, el 80% de los jóvenes usa computadoras y el 89% tiene celulares.

 

Un estudio de la agencia B2 de 2016, divulgó la manera cómo los jóvenes se informan en Brasil. El 43% de los entrevistados afirmó que obtiene información de los medios digitales y solamente 8% todavia conserva el hábito de buscarla en los tradicionales. Este estudio también revela que el principal sueño y la aspiración de los jóvenes brasileños, especificamente del 42%, es tener un diploma y una carrera, y que su principal preocupación es contar con una remuneración adecuada.

 

Junto con estas preocupaciones que caracterizan a la juventud brasileña, es necesario también mencionar su deseo de construir una sociedad mejor. En Brasil, ha crecido considerablemente el número de jóvenes que forman parte de grupos, colectivos, asociaciones, ONGs, entre otras organizaciones que trabajan por la transformación social, el empoderamento cultural, la defensa de causas a favor del reconocimiento y valoración de su identidad.

 

La juventud brasileña posee una diversidad enorme de estilos de vida, formas de organizarse, causas, afinidades y creencias. No obstante, la mayoría profesa el cristianismo, sobre todo el catolicismo (44.2%), según un estudio realizado en mayo de 2013. De hecho, Brasil tiene jóvenes muy valiosos, que guardan en sus corazones el deseo de amar, así como sueños de paz.

 

Versión en portugués:

 

Juventudes no Brasil

 

Por Ricardo Alvarenga-SIGNIS Brasil Jovem

 

O Brasil é um país de dimensões continentais, são cerca de 207 milhões de habitantes distribuídos em 26 estados, mais o Distrito Federal, um quatro dessa população do país é formada por jovens com idade entre 15 e 29 anos, são aproximadamente 51,3 milhões de jovens, que em sua maioria estão vivendo em cidades, trata-se de 84,8%, apenas uma pequena parcela de 15,2% residem no campo. Os dados são do Censo 2010, último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

 

Os jovens brasileiros são marcados por uma vasta diversidade cultural, política e econômica, além de trazerem as diferenças e marcas das desigualdades sociais do país. A maioria dos 51,3 milhões de jovens do Brasil representa um dos seguimentos sociais mais atingidos pela exclusão social. Isso fica ainda mais claro quando nos deparamos com dados que revelam que apenas 16,2% dos jovens brasileiros chegaram ao ensino superior, conforme o Censo 2010.

 

Diversos problemas assolam os jovens em todo o mundo. As incertezas sobre o futuro, os medos do tempo presente e as próprias inseguranças inerentes a essa fase da vida, potencializam ainda mais o complexo cenário dos jovens brasileiros. Dentro os diversos problemas, com os quais os jovens têm se deparado, podemos elencar as questões em torno da violência e a segurança no país, como os que mais preocupam os jovens.

 

Cotidianamente nos noticiários nacionais e locais é possível identificar ao menos uma reportagem que traz como protagonistas jovens que foram mortos, abusados, torturados ou que estão envolvidos em situações ilícitas. O tratamento dado ao jovem em grande parte dos meios de comunicação é absurdamente inapropriado, pois o jovem é colocado muitas vezes como um problema social.

 

Segundo dados de uma pesquisa feita pela Secretaria Nacional da Juventude (SNJ), órgão da Secretaria Geral da Presidência da República, em 2013, revelam que 51% dos jovens já perderam alguém próximo em razão da violência. De modo geral, as vítimas eram amigos (18%) e primos (12%), ou seja, companheiros de faixa etária.

 

É preciso destacar o genocídio das juventudes negras no Brasil, a cada 23 minutos, um jovem negro é assassinado no país, esse dado é fruto das pesquisas e análises da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o assassinato de jovens, do Senado Federal Brasileiro. São cerca de 23.100 jovens negros de 15 a 29 anos assinados anualmente no Brasil. São dados assustadores.

 

Outro aspecto que se deve levar em consideração na reflexão sobre as juventudes brasileiras é a sua proximidade e afeição pelos meios e tecnologias da comunicação. Os estudos que afirmam a existência de nativos digitais fazem muito sentido, já que a maioria das pesquisas recentes aponta para a capacidade nata das novas gerações de manusear e usar as novas tecnologias. De acordo com os dados da pesquisa da Secretaria Nacional de Juventude 80% dos jovens usam computadores e internet, e 89% têm celular.

 

Um estudo feito pela Agência B2, em 2016 revelou a maneira como os jovens se informam no Brasil. Aproximada 43% dos entrevistados na pesquisa afirmou, se informar pelas mídias sociais digitais e apenas 8% permanecem com o hábito de buscar informação nas mídias tradicionais. Esse mesmo estudo apontou ainda que o principal sonho e aspiração dos jovens brasileiros é ter um diploma, uma carreira (42%), em segundo lugar aparece à preocupação com a remuneração financeira.

 

Apesar de todos esses contextos que envolvem as dinâmicas de vida das juventudes brasileiras, é preciso considerar algumas marcas da atualidade no protagonismo desses jovens na construção de uma sociedade melhor. No Brasil, tem crescido significativamente o número de jovens que estão envolvidos em grupos, coletivos, associações, ongs entre outras modalidades de organização que atuam na transformação social, no empoderamento cultural, na defesa de causas e na busca de reconhecimento e valorização de suas identidades.

 

As juventudes brasileiras possuem uma diversidade gigantesca. São distintos estilos de vida, de organização, de causas, de afinidades e de crenças, porém as características do cristianismo são ainda predominantes entre os jovens, que em sua maioria são católicos (44,2%), segundo um estudo realizado em maio de 2013, pelo Instituto de Pesquisa Data Folha.

 

O Brasil possui de fato lindas juventudes, que trazem no seu peito o desejo de amar, nos sonhos um gosto de mel de quem quer ser livre busca a paz.